sexta-feira, abril 29, 2005

O novo Airbus A380


Airbus A380


Esta é uma fotografia do novíssimo Airbus A380, que esta 4ª Feira, levantou voo pela primeira vez, partindo do aeroporto de Toulouse-Blagnac.
Com capacidade para levar 800 passageiros e sem necessitar das "tradicionais" paragens de escala para reabastecimento, este avião é um verdadeiro monumento à aeronáutica mundial.

Então e a A6?




O Primeiro-Ministro José Socrates afirmou esta manhã, no Parlamento, que as SCUT'S e a sua ausência de portagens eram uma medida estrutural para o desenvolvimento do interior e para o combate à interioridade.
Serão mesmo? Sem dúvida que sabe muito bem fazer a A23 sem pagar portagem. Mas é para quem lá passa! Sem dúvida que sabe muito bem fazer a Via do Infante sem pagar portagem. Mas é para quem lá passa!
Agora quem não passa lá, por que razão tem que pagar (indirectamente através dos seus impostos) as SCUT'S do Eng. Cravinho? Não é o princípio do utilizador-pagador para ser usado em todo o lado, em todas as auto-estradas? Quem quer utilizar paga. Quem não quiser, utiliza as estradas alternativas, que infelizmente (algumas) estão em péssimas condições.
Mas se a estratégia de desenvolvimento regional passa mesmo pelo não pagamento de portagens nas SCUT'S, ou nas auto-estradas do interior por que razão a A6, que liga o Pinhal Novo a Elvas, passando pelo interior do Alentejo é paga? Parece-me que, na cabeça destes ideólogos socialistas, há desenvolvimento regional de 1ª e desenvolvimento regional de 2ª. É triste mas o Alentejo paga sempre as Favas (e não é o prato regional!!).
É mais um caso de pura demagogia política da "era Sócrates". Para estes senhores parece que o desenvolvimento do interior só se combate com portagens virtuais! Com tanto que há para fazer e ninguém tem coragem!
"Ai Portugal, Portugal..."...
Miguel Soares

O debate da Nação

Pelo que consegui assistir do debate do "estado da Nação", realizado esta manhã no Parlamento, não há muito a dizer e comentar. Mais do mesmo, ideias vagas, muito alarido e muita arrogância.
O Primeiro-Ministro anunciou medidas avulsas, longe das reformas que o país necessita. Apenas um conjunto de projectos que visam o sector da Justiça, muitos deles iniciados pelos XV e pelo XVI Governos Constitucionais. Depois veio o eterno "show off socrático", muita acusação ao anterior executivo e alguma falta de educação por parte do Ministro de Estado e da Administração Interna que se dirigiu de forma pouco elegante à bancada do CDS/PP e ao seu líder parlamentar.
De resto era muita a expectiva de assitir ao primeiro embate entre Sócrates e as bancadas do centro-direita e da direita, agora que tanto PSD como CDS/PP têm novos líderes. Quanto ao PSD muitos "salamaleques" e também nada de novo. Quanto ao nosso CDS fez o seu trabalho e fez oposição, defendo a honra do antigo Governo, quando se justificou.
Nada há a acrescentar deste debate. A extrema-esquerda caceteira e um Governo Socialista com Maioria Absoluta... Conversa, conversa, conversa e... nada de novo!
Miguel Soares

quarta-feira, abril 27, 2005

João Almeida é o meu Presidente

O XX Congresso do CDS/PP trouxe à discussão uma questão paralela que, a meu ver, não está ser conduzida da forma mais correcta por alguns militantes do CDS e da JP. Falo do apoio expresso pelo Presidente da JP, João Almeida, à candidatura de Telmo Correia e a sua respectiva inclusão como provável Secretário-Geral, caso Telmo Correia vencesse a eleição.
A JP apresentou uma moção própria, com as suas ideias para o CDS, para os desafios eleitorais que se avizinham, para o novo ciclo de liderança do Partido, para as relações entre a JP e o CDS/PP. Uma excelente moção, elogiada por todos e que foi motivo de orgulho para a delegação dos “jotas” (pelo menos aqueles que se identificam como tal).
Numa atitude coerente e de "não instrumentalização", a JP retirou a sua moção, entendendo que os seus militantes deveriam ter liberdade de voto e escolher em consciência o seu candidato e a sua estratégia. Cada um tinha liberdade de acção e assim foi.
Como tal, o Presidente da JP, entendeu que o seu apoio deveria incidir sobre a candidatura de Telmo Correia, pelo que expressou, publicamente, que o iria fazer de forma pessoal, não vinculando a restante JP. Uma atitude de louvar e que merece todo o nosso apoio.
Posteriormente, o Dr. Telmo Correia ao fazer o seu discurso final, anunciou alguns nomes da sua lista para os órgãos nacionais, entre os quais João Almeida para o cargo de Secretário-Geral. Na minha opinião pessoal, este anúncio e este convite a João Almeida deixou-me extremamente honrado, por ver que o meu Presidente foi o nome escolhido para tão importante cargo. E acima de tudo, vi neste acto um reconhecimento, por parte de Telmo Correia, das qualidades do João, como grande político, orador e de um Homem com “H” grande. Telmo Correia chamou a si, os elementos com que mais se identificava a nível pessoal e político. E tenho a certeza que o João está nestes dois grupos. Há, na relação entre o João e Telmo Correia uma grande amizade e um profundo respeito e adimiração política. O João ao aceitar, reforçava estes laços, assim como agradecia e reconhecia, também, todo o apoio demonstrado por Telmo Correia à JP, dando-lhe espaço parlamentar, dando protagonismo ao seu Presidente e acima de tudo, dando voz à JP. Se todos tínhamos liberdade de voto, o João também a tinha e agiu como tal, não vinculando a JP a nenhuma das candidaturas, até porque eram vários os "jotas" que apoiavam as duas candidaturas.
Mas há mais. Todos estes processos foram sempre acompanhados de perto pela estrutura da JP, nomeadamente, pela CPN da JP, que deu ao seu Presidente todo o espaço para tomar as suas posições pessoais. Para mim João Almeida fez bem, esteve bem e agiu sempre correctamente.
Mas agora, oiço dizer que já há os tradicionais “pedidos de cabeças”, que nestas alturas vêm mostrar o lado mais negativo e sujo da política. Os “inimigos” aparecem logo e pedem contas. Mas que contas?... Não mostrámos todos nós, as nossas opiniões no Congresso? Acusar Telmo Correia de ter “comprado” os votos da JP é ridículo e mostra má-fé de quem faz estas acusações. Mostra acima de tudo, que quem faz estas acusações não conhece minimamente nem Telmo Correia, nem João Almeida, nem a JP.
João Almeida disse no jornal “Público”, na edição de Sábado 23 de Abril que se orgulhava de presidir à JP e que assim gostava que continuasse a ser. Pois eu tenho orgulho que ele presida à JP. Ele é o rosto da evolução, do dinamismo e do crescimento da JP. Ele é o meu Presidente e nele me revejo desde 1999, porque é nele que eu acredito. Porque os valores que defendo e que estruturam o meu pensamento serão defendidos por si. Estarei sempre do seu lado pois sei que ele defenderá sempre a nossa JP, com uma atitude digna, coerente e eticamente louvável. Força João!
Miguel Soares

“ A doutrina não é adversária do crescimento!”

Já recuperados da emoção tentemos fazer uma análise fria, mas real do XX Congresso do CDS/PP.
Devo dizer que quando cheguei ao congresso encontrava-me como subscritor da moção 2009, de Ribeiro e Castro. Até então apenas se conhecia Telmo Correia (TC) como candidato, mas parecia-me perfeitamente concebível este poder avançar com a moção que eu subscrevia. A moção era fundamentalmente acerca de posicionamento político, com um vinco ideológico, sendo por isso perfeitamente possível adequar-lhe à posteriori a estratégia ou acção que TC considerasse necessária ao Partido. Sinceramente não esperava uma candidatura de Ribeiro e Castro...Nem eu, nem muitos congressistas parece-me...como tal ouvi o seu fantástico discurso sem expectativa criada!
O discurso foi excelente, foi motivador, idealista, mas com grandes laivos da realidade vivida e sentida por muitos dos militantes, inclusive os do interior com quem Ribeiro e Castro conviveu nas legislativas. Ainda assim o apogeu, foi mesmo quando anunciou a sua candidatura.
Logo aí decido inequivocamente o meu voto em Ribeiro e Castro. No entanto houve na sala um misto de euforia e algum desconforto gerado naqueles que se sentiam mais instalados.
Apesar disso e aqui impera a marca deste congresso e deste partido, o respeito abundou na sala e todas as intervenções foram limpas, positivas e sérias.
Entretanto, foram-se somando apoios a um lado e a outro até chegarem os momentos finais. Uns melhores, outros piores, uns abrindo mais o partido, outros reforçando a sua identidade e matriz doutrinária, todos foram levando a discussão em bom caminho. Mas com a hora lá chegaram as inevitáveis excitações que nem sempre resultam em boa maré. Ainda assim longe daquelas que assistimos em congressos do PSD.
Nas alegações finais, o discurso de Telmo Correia soltou-se das amarras governamentais e Portistas que o tinham pautado na primeira intervenção e que não lhe tinham conquistado muitos pontos e lá foi tentando cativar o eleitorado. E não esteve mal, devo dizer, mas há um senão bastante afecto à JP e que explico.
Minutos antes tinha sido dada liberdade de voto à dita organização de juventude, pelo seu Presidente, mas as tais excitações que referi converteram-se em reuniões paralelas e erros acabaram por ter sido tomados. Não falo do João Almeida, Presidente da JP, ter aceite o convite endereçado por Telmo Correia para Secretário Geral do Partido. E nem vou discutir se era um lugar adequado à sua pessoa e às suas competências. Apenas quero referir que me entristeceu o anúncio do tal convite ter sido feito naquela sala, minutos depois de se ter dado liberdade de voto. Isto por ser lógico que existiriam consequências de condicionamento do voto. É lógico que iria ser gerado uma ferida na JP. Infelizmente deu-se esse erro, infelizmente soou a “compra”, embora tenha plena consciência que o voto do João Almeida não fora definido premeditando isso. Felizmente a JP mostrou maturidade e não reagiu como outras organizações congéneres que se movem em rebanhos cegos. Felizmente vimos bandeiras da jota nas duas candidaturas!
Quanto ao erro deverá ser analisado em CN, embora afirme já aqui que por isto, não considero necessário rolarem cabeças! Aliás tenho a afirmar que a restante postura da JP e do seu presidente foi excelente, quer na moção (que foi elogiada por todos) quer na sua convicta e responsável apresentação. Os meus parabéns!
Voltando aos candidatos seguiu-se a última intervenção em tom de resposta genialmente concebida por Ribeiro e Castro. Pela positiva, jogando limpo, RC mostrou o caminho que queria seguir, desafiou todos a virem com ele incluindo TC e simpatizantes que teimam em não se aproximar. Foi completamente solto, completamente livre.
No fim ganhou Ribeiro e Castro merecidamente, embora Telmo Correia seja indiscutivelmente um excelente candidato e um aposta ganha do CDS/PP!
Ribeiro e Castro não será um líder de transição e receberá o feed-back necessário das estruturas, pelo que estiver ao alcance de Évora, para fazer crescer este partido doutrinário.
“ A doutrina não é adversária do crescimento!”

terça-feira, abril 26, 2005

Uma merecida homenagem


Telmo Correia

Depois de fazer um breve resumo sobre os acontecimentos do XX Congresso do CDS/PP, quero aqui deixar uma merecida homenagem ao Dr. Telmo Correia pelo esforço e pela dignidade da sua candidatura à liderança do CDS/PP, pela forma como disputou as eleições, pela equipa que o apoiou e pelos nomes que apresentou na sua lista de candidatura. Um excelente político e uma excelente equipa, que são referências para o nosso Partido e que a nova liderança deve cativar e apelar à sua participação na nova estratégia do CDS. Pelos lugares de destaque que ocupam (parlamentares de alto nível) e pela referência que são dentro do CDS e para Portugal.
A prova disso é o resultado que a lista encabeçada por Telmo Correia teve para o Conselho Nacional do CDS, tendo vencido essa mesma eleição. É um sinal que o Partido quer que estes nomes estejam presentes nos destinos do Partido e do País.
Assim se espera!
Miguel Soares

O novo líder


Ribeiro e Castro

Este fim-de-semana decorreu o XX Congresso do CDS/PP. Foi um fim-de-semana muito intenso, de muito trabalho, muita expectativa, surpresas e lições de democracia.
Confesso que quando entrei, sábado, no Centro de Congressos de Lisboa, não esperava nada do que aconteceu depois nas horas seguintes. Um congresso bem disputado, com elevação, dignidade e um sentido muito forte de partido.
O CDS/PP deu uma enorme lição de democracia a muitos dos que se acham os donos dela. Àqueles que pensam que só a esquerda tem o monopólio democrático em Portugal e no Mundo. O CDS deu uma lição aos "comentadores de bancada", aos profetas da desgraça, aos inimigos do nosso Partido.
Assistimos a um excelente Congresso, onde se debateram ideais, valores, políticas, estratégias de acção... Tudo de uma forma bastante participada, com elevado sentido de Estado, com boa disposição e educação. Uma verdadeira lição!
Tinhamos dez moções em debate. Todas elas com linhas distintas, mas com uma visão própria do que que se espera do CDS nos próximos tempos. Todas foram apresentadas e debatidas e, tenho que destacar a excelente moção apresentada pela Juventude Popular, que foi elogiada por muitos congressistas, entre os quais alguns dos mais destacados dirigentes populares, como Maria José Nogueira Pinto, ou mesmo os candidatos à liderança Telmo Correia e Ribeiro e Castro. A moção da JP foi das mais elogiadas e referenciadas e prova disso foi a constante referência à mesma por vários congressistas, durante os seus discursos.
Como somos uma organização plural, deixámos os elementos da delegação da JP escolherem a moção em que maus se reviam, não condicionando assim a escolha do futuro líder do CDS/PP. Foi outra lição para a democracia portuguesa.
Depois a disputa eleitoral... E a vitória de José Ribeiro e Castro. O Partido escolheu e tem um novo líder. Depois de algum nervosismo pela ausência de candidatos, o CDS/PP empolgou-se e mostrou a sua vitalidade e a sua consistência.
Paulo Portas deixa a liderança do partido e o Partido escolhe novo líder e nova estratégia.
Agora é hora de trabalhar e começar a fazer uma oposição construtiva, com "irreverência e com valores", defendendo o espaço eleitoral do centro-direita e da direita democrática portuguesa.
Parabéns ao novo líder José Ribeiro e Castro e Parabéns ao Dr. Telmo Correia pela elevação e dignidade da sua candidatura.
O CDS/PP precisa de estar unido e tenho a certeza que as duas linhas que se apresentaram a eleições vão agora trabalhar em conjunto por um Portugal melhor!
Bom trabalho!
Miguel Soares



Estes foram os congressistas pela Juventude Popular de Évora ao XXº congresso do CDS-PP,no CCL, de 23 e 24 de Abril de 2005:

Miguel Soares - JP Évora
João Condeixa - JP Évora
Frederico Carvalho - JP Évora
David Pardal - JP Estremoz
Rui Clara - JP Vila Viçosa

Este foi um verdadeiro congresso de apresentação de ideias, discussão das mesmas e revelação de um líder!!
Para quem entendia que o CDS-PP apenas poderia apresentar mais do mesmo, ficou uma prova cabal do contrário!!
Julgo que com mais esta prova de democracia e maturidade política, o CDS-PP, deu provas incontestáveis de seriedade, pluralismo e de vitalidade...
Para o meu primeiro congresso do CDS-PP, uma palavra...ESPECTACULAR!!!
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