“ A doutrina não é adversária do crescimento!”
Já recuperados da emoção tentemos fazer uma análise fria, mas real do XX Congresso do CDS/PP.
Devo dizer que quando cheguei ao congresso encontrava-me como subscritor da moção 2009, de Ribeiro e Castro. Até então apenas se conhecia Telmo Correia (TC) como candidato, mas parecia-me perfeitamente concebível este poder avançar com a moção que eu subscrevia. A moção era fundamentalmente acerca de posicionamento político, com um vinco ideológico, sendo por isso perfeitamente possível adequar-lhe à posteriori a estratégia ou acção que TC considerasse necessária ao Partido. Sinceramente não esperava uma candidatura de Ribeiro e Castro...Nem eu, nem muitos congressistas parece-me...como tal ouvi o seu fantástico discurso sem expectativa criada!
O discurso foi excelente, foi motivador, idealista, mas com grandes laivos da realidade vivida e sentida por muitos dos militantes, inclusive os do interior com quem Ribeiro e Castro conviveu nas legislativas. Ainda assim o apogeu, foi mesmo quando anunciou a sua candidatura.
Logo aí decido inequivocamente o meu voto em Ribeiro e Castro. No entanto houve na sala um misto de euforia e algum desconforto gerado naqueles que se sentiam mais instalados.
Apesar disso e aqui impera a marca deste congresso e deste partido, o respeito abundou na sala e todas as intervenções foram limpas, positivas e sérias.
Entretanto, foram-se somando apoios a um lado e a outro até chegarem os momentos finais. Uns melhores, outros piores, uns abrindo mais o partido, outros reforçando a sua identidade e matriz doutrinária, todos foram levando a discussão em bom caminho. Mas com a hora lá chegaram as inevitáveis excitações que nem sempre resultam em boa maré. Ainda assim longe daquelas que assistimos em congressos do PSD.
Nas alegações finais, o discurso de Telmo Correia soltou-se das amarras governamentais e Portistas que o tinham pautado na primeira intervenção e que não lhe tinham conquistado muitos pontos e lá foi tentando cativar o eleitorado. E não esteve mal, devo dizer, mas há um senão bastante afecto à JP e que explico.
Minutos antes tinha sido dada liberdade de voto à dita organização de juventude, pelo seu Presidente, mas as tais excitações que referi converteram-se em reuniões paralelas e erros acabaram por ter sido tomados. Não falo do João Almeida, Presidente da JP, ter aceite o convite endereçado por Telmo Correia para Secretário Geral do Partido. E nem vou discutir se era um lugar adequado à sua pessoa e às suas competências. Apenas quero referir que me entristeceu o anúncio do tal convite ter sido feito naquela sala, minutos depois de se ter dado liberdade de voto. Isto por ser lógico que existiriam consequências de condicionamento do voto. É lógico que iria ser gerado uma ferida na JP. Infelizmente deu-se esse erro, infelizmente soou a “compra”, embora tenha plena consciência que o voto do João Almeida não fora definido premeditando isso. Felizmente a JP mostrou maturidade e não reagiu como outras organizações congéneres que se movem em rebanhos cegos. Felizmente vimos bandeiras da jota nas duas candidaturas!
Quanto ao erro deverá ser analisado em CN, embora afirme já aqui que por isto, não considero necessário rolarem cabeças! Aliás tenho a afirmar que a restante postura da JP e do seu presidente foi excelente, quer na moção (que foi elogiada por todos) quer na sua convicta e responsável apresentação. Os meus parabéns!
Voltando aos candidatos seguiu-se a última intervenção em tom de resposta genialmente concebida por Ribeiro e Castro. Pela positiva, jogando limpo, RC mostrou o caminho que queria seguir, desafiou todos a virem com ele incluindo TC e simpatizantes que teimam em não se aproximar. Foi completamente solto, completamente livre.
No fim ganhou Ribeiro e Castro merecidamente, embora Telmo Correia seja indiscutivelmente um excelente candidato e um aposta ganha do CDS/PP!
Ribeiro e Castro não será um líder de transição e receberá o feed-back necessário das estruturas, pelo que estiver ao alcance de Évora, para fazer crescer este partido doutrinário.
“ A doutrina não é adversária do crescimento!”
Devo dizer que quando cheguei ao congresso encontrava-me como subscritor da moção 2009, de Ribeiro e Castro. Até então apenas se conhecia Telmo Correia (TC) como candidato, mas parecia-me perfeitamente concebível este poder avançar com a moção que eu subscrevia. A moção era fundamentalmente acerca de posicionamento político, com um vinco ideológico, sendo por isso perfeitamente possível adequar-lhe à posteriori a estratégia ou acção que TC considerasse necessária ao Partido. Sinceramente não esperava uma candidatura de Ribeiro e Castro...Nem eu, nem muitos congressistas parece-me...como tal ouvi o seu fantástico discurso sem expectativa criada!
O discurso foi excelente, foi motivador, idealista, mas com grandes laivos da realidade vivida e sentida por muitos dos militantes, inclusive os do interior com quem Ribeiro e Castro conviveu nas legislativas. Ainda assim o apogeu, foi mesmo quando anunciou a sua candidatura.
Logo aí decido inequivocamente o meu voto em Ribeiro e Castro. No entanto houve na sala um misto de euforia e algum desconforto gerado naqueles que se sentiam mais instalados.
Apesar disso e aqui impera a marca deste congresso e deste partido, o respeito abundou na sala e todas as intervenções foram limpas, positivas e sérias.
Entretanto, foram-se somando apoios a um lado e a outro até chegarem os momentos finais. Uns melhores, outros piores, uns abrindo mais o partido, outros reforçando a sua identidade e matriz doutrinária, todos foram levando a discussão em bom caminho. Mas com a hora lá chegaram as inevitáveis excitações que nem sempre resultam em boa maré. Ainda assim longe daquelas que assistimos em congressos do PSD.
Nas alegações finais, o discurso de Telmo Correia soltou-se das amarras governamentais e Portistas que o tinham pautado na primeira intervenção e que não lhe tinham conquistado muitos pontos e lá foi tentando cativar o eleitorado. E não esteve mal, devo dizer, mas há um senão bastante afecto à JP e que explico.
Minutos antes tinha sido dada liberdade de voto à dita organização de juventude, pelo seu Presidente, mas as tais excitações que referi converteram-se em reuniões paralelas e erros acabaram por ter sido tomados. Não falo do João Almeida, Presidente da JP, ter aceite o convite endereçado por Telmo Correia para Secretário Geral do Partido. E nem vou discutir se era um lugar adequado à sua pessoa e às suas competências. Apenas quero referir que me entristeceu o anúncio do tal convite ter sido feito naquela sala, minutos depois de se ter dado liberdade de voto. Isto por ser lógico que existiriam consequências de condicionamento do voto. É lógico que iria ser gerado uma ferida na JP. Infelizmente deu-se esse erro, infelizmente soou a “compra”, embora tenha plena consciência que o voto do João Almeida não fora definido premeditando isso. Felizmente a JP mostrou maturidade e não reagiu como outras organizações congéneres que se movem em rebanhos cegos. Felizmente vimos bandeiras da jota nas duas candidaturas!
Quanto ao erro deverá ser analisado em CN, embora afirme já aqui que por isto, não considero necessário rolarem cabeças! Aliás tenho a afirmar que a restante postura da JP e do seu presidente foi excelente, quer na moção (que foi elogiada por todos) quer na sua convicta e responsável apresentação. Os meus parabéns!
Voltando aos candidatos seguiu-se a última intervenção em tom de resposta genialmente concebida por Ribeiro e Castro. Pela positiva, jogando limpo, RC mostrou o caminho que queria seguir, desafiou todos a virem com ele incluindo TC e simpatizantes que teimam em não se aproximar. Foi completamente solto, completamente livre.
No fim ganhou Ribeiro e Castro merecidamente, embora Telmo Correia seja indiscutivelmente um excelente candidato e um aposta ganha do CDS/PP!
Ribeiro e Castro não será um líder de transição e receberá o feed-back necessário das estruturas, pelo que estiver ao alcance de Évora, para fazer crescer este partido doutrinário.
“ A doutrina não é adversária do crescimento!”
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