Foi você que pediu um estágio da tanga?
A Comissão Política Nacional da Juventude Popular, face aos 3000 estagiários que irão ser dispensados em Março, vem assim alertar e prontificar-se a encontrar soluções para mais uma enfermidade que assola a nossa sociedade e a economia deste país.
Acreditamos que os estágios na função pública não são mais que técnicas demagógicas para disfarçar taxas de desemprego, calar analistas, mascarar as saídas profissionais de certos cursos e acima de tudo, arquivar durante uns tempos aqueles que são vistos como problema para o país, em vez de ser olhados como jovens licenciados que têm ambição e vontade de trabalhar.
Nunca se falou tanto em sustentabilidade como nestes dias, mas aquilo que vemos relativamente aos estágios, é justamente o contrário. Em vez de se canalizarem 35,6 milhões de euros de verbas comunitárias em sistemas de primeiro emprego que aproveitem a massa cinzenta dos jovens licenciados, o governo prefere dar espaço a um modelo que os coloca em suspenso, que os castra e desincentiva.
Com este modelo não há investimento no futuro. Há sim, adormecimento da mão-de-obra qualificada e formatação da mesma com base no espírito frustado de muitos funcionários públicos, o que em nada beneficia o país.
A Juventude Popular está já a criar uma alternativa a este paradigma, onde irá contemplar as novas directrizes de Bolonha, juntamente com as necessidades económicas dos nossos licenciados e a sustentabilidade necessária para um sistema que deverá assentar no investimento e competitividade. Só assim, julgamos ser possível servir todos.