quinta-feira, janeiro 11, 2007

Políticas de Juventude - concelho de Évora




COMUNICADO

“Políticas de Juventude”

Não é apenas uma questão de retórica, mas uma problemática deveras pertinente visto que os jovens do nosso concelho, à parte das suas obrigações escolares e distracções proporcionadas pelos pais, família ou instituições de acolhimento, não terem espaços municipais de lazer, sejam eles culturais, desportivos ou didácticos, etc. Neste concelho, exceptuando as piscinas municipais, criadas ainda no tempo da IIª República, não conhecemos qualquer infra-estrutura de significativa relevância para usufruto dos mais jovens!
Não encontramos neste executivo camarário uma consistente, rigorosa e equilibrada política de juventude. Denotamos um residual investimento da edilidade eborense no futuro deste concelho, pois as suas políticas de juventude manifestam latentes e evidentes insuficiências. Neste momento já não podemos anuir a autarquia pelo argumento do tempo, visto terem passado 5 anos deste que o executivo do Partido Socialista (PS) vem governando o concelho. Temos assim a enumerar os seguintes aspectos que nos parecem mais relevantes a considerar:

1. Insuficiência ou inexistência de infra-estruturas desportivas municipais exigíveis para um concelho das dimensões do de Évora.
2. Inexistência de infra-estruturas culturais compatíveis com a riqueza histórico-arquitectónica da cidade e sua secular tradição na formação de personalidades prestáveis ao país.
3. Falta de um parque de recreio para crianças e de um verdadeiro jardim público, onde se possa conjugar o descanso e contemplação com o estudo e a diversão.
4. Inexistência de uma sala de congressos/espectáculos de dimensão para a realização de concertos de música, espectáculos de teatro e outras actividades de cariz cultural, bem como palestras políticas, técnicas e outras.
5. Escassas iniciativas culturais e desportivas que despertem a atenção dos mais jovens e os chamem para uma cidadania mais activa, logo para um crescimento mais equilibrado e harmonioso.
6. Existência de uma grande clivagem entre as freguesias rurais e as urbanas do concelho na igualdade de oportunidades aos mais jovens.

Por todos estes aspectos enumerados e outros tantos, a Câmara Municipal de Évora, acaba, por inacção de actividades e omissão de responsabilidades, afastar os seus jovens do concelho e, logicamente, numa leitura mais pormenorizada e de médio/longo alcance, permitir a jovens com maiores dificuldades de integração (étnica, religiosa, social e económica) que possam resvalar para o mundo da mendicidade e/ou marginalidade. Este jovens necessitam de sentir o apoio da comunidade que os envolve e de se tornarem úteis à mesma, socorrendo-se das condições que a mesma lhes oferece para tal.
Não deve uma autarquia do interior do país, do 3º distrito com menos população de Portugal, permitir-se a uma alienação de políticas de juventude e da fixação dos jovens no interior. Neste diapasão, não podemos deixar de mencionar os elevados preços da habitação e a própria falta de apoios específicos a jovens casais para a aquisição ou arrendamento de habitação. Estas políticas ou acções, impedem que mais jovens venham ou, pelo menos aqueles nascidos cá, acabem por se fixar.
Évora não se pode dar ao luxo de nada fazer para seduzir novos intérpretes da sua vida e desenvolvimento, quanto mais contrariar a mentalidade dos jovens eborenses à espera de uma oportunidade para se evadirem para as grandes cidades do litoral!
Nós, Juventude Popular, estamos preparados e disponíveis para trabalhar com a CME, se esta assim o entender, para apresentarmos outros problemas e as correspondentes soluções que defendemos, sempre ao serviço dos jovens do nosso concelho.


P´la CPC de Évora da Juventude Popular
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