JSD e as políticas de Esquerda!!
JSD
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Depois de ouvidas as declarações do antigo presidente da JSD, Pedro Duarte que defendia a despenalização faseada e controlada das drogas leves, eis que o actual presidente desta organização política de juventude, Daniel Fangueiro, vem defender a despenalização do aborto em Portugal, salvaguardando sempre a decisão última dos cidadãos portugueses.
Com estas políticas da JSD, apraz-me suscitar algumas questões:
1- Ainda alguém tem dúvidas das numerosas similitudes entre JS e JSD?!!
2- Não fica claro que a única juventude de direita em Portugal é, indiscutivelmente a Juventude Popular?
3- Do que a Direcção Nacional da JP espera para vincar publicamente esta realidade e estabelecer uma acção coerente, rigorosa e dinâmica de publicação da nossa matriz ideológica e das políticas que defendemos para os nossos jovens e para a nossa sociedade?!
Abraço a Todos.
4 Comments:
Então e onde ficam os Jovens que andam a saltitar de um lado para o outro? No centro?
Terá que me especificar quais jovens e de onde pra onde é que saltitam!!? Só terei deferência para voltar a responder, caso se identifique!!
OLA. Por acaso encontrei este site da Juventude Popular. E decidi comentar este post.
É sempre engraçado observar as posições no espectro político, e a forma como os partidos radicais se tentam distanciar dos moderados.
Creio que as Juventudes defendem sempre posições ligeiramente mais radicais que os partidos que apoiam, para mostrar o seu dinamismo juvenil e para se distanciarem, como que num processo de ascese à pseudo-moderação da maturidade dos partidos a que estão adstritas.
O CDS-PP é um partido de extrema-direita muito importante em Portugal. É um partido mercenário, de lobis e que portanto "vai com todos", isto é, "topa tudo" para ter migalhas de poder, seja com que outra força política for.
É exactamente importante pela mesma razão que o BE o é, porque exprime uma posição radical que valoriza as moderadas.
Todas as correntes políticas são moderadas quando se aproximam da sociedade que existe, e radicais quando o que defendem se afasta da sociedade em questão. Quando se defendem posições moderadas há espaço para debate, isto é, as transformações que se desejam são no sentido de aperfeiçoar o que existe (genericamente), pk se concorda e defende o sistema em geral, idealizado. Pelo que o debate aperfeiçoa a consistência e eficiência das soluções. Na prática, os partidos políticos que defendem correntes radicais, que são em Portugal o BE, a CDU ([PCP]um nome falacioso para dizer URSS) e o CDS-PP, não estão dispostos a discutir, já que o que pretendem se afasta demasiado do que existe e portanto aspiram a uma transformação nacional que implica ou uma revolução (enquanto transformação abrupta da sociedade) ou então um sucessão de estádios em que o real e o ideal se aproximam, gradualmente.
Ora, o BE é um partido que pesa em prol de todos os ideais que o CDS-PP contesta, e vice-versa, concordando unicamente nas questões elementares, e que mesmo essas, são perspectivadas de forma cabalmente diferente. É por isso que são estas, posições radicais. Esta crispação brutal n acontece com mais nenhuns partidos, excluindo os que n se afirmam e o PCP (chamemos-lhe assim) que é um partido sindicalista e cujos votos provêem em larga maioria dessa actividade que em Portugal permite a canalização, mais uma vez falaciosa, da defesa dos interesses dos trabalhadores, para os ideais estalinistas. (no resto da Europa, fora excepções como a nossa em que há instituições que deviam ser apartidárias a encaminhar votos, os partidos comunistas como o PCP e os fascistas como o PNR dificilmente passam a barreira dos 0.4%).
No entanto, o CDS-PP e o BE são muito semelhantes, precisamente por se oporem antagonicamente. Isso confirma-se nas eleições, ambos crescem ou diminuem conforme os bons ou maus governos(considere-se o bom sinónimo de popular) dos partidos moderados.
O BE é um partido cuja acção parlamentar e revolucionária incorruptível enriquece a moderação e aperfeiçoamento das posições moderados de esquerda, assim como o CDS-PP com o seu conservadorismo extremo, com o regresso aos costumes e moral restritos, à cultura da religião tradicional, o cristianismo, em defesa do belicismo (preparação para a guerra - equipamento e aperfeiçoamento das forças armadas) e em prol dos ideais da família, do nacionalismo autónomo e do todo (para o estado, bem como para a moral), valoriza as posições moderadas de direita.
Em Portugal, os partidos de posições moderadas são o Partido Socialista e o Partido Social Democrata, o nome do segundo corresponde à ideologia do primeiro, e o segundo defende um estado semelhante ao americano, sem mais especificações...
Ambos os partidos de direita acreditam na legitimação absoluta das eleições para agir (pelo menos é com base nisso que governam). [É evidente que não é isso que dizem de si!] E por isso as suas campanhas são "sensibilizantes". Claro, o PSD governa segundo os seus ideais e o CDS-PP, quando pode, também. Todavia, são ambos partidos de interesses, constituídos por personalidades que vêem, na política, o sucesso alternativo das suas carreiras. E é em redor de disputas entre facções pessoais que se centram as suas disputas e é por isso que dão uma sensação de unidade (até pk acreditam na unidade). Mas, claro, isto são generalizações sem valor, pk só dizem respeito a analogias, ou por outras palavras, ao mais provável, a nada concreto o dizem, nem tampouco objectivo. Mas mesmo assim, como é a minha visão, e só por isso tem o meu valor, vou prosseguir.
À esquerda as circunstâncias são diferentes, como são pelo individualismo, fragmentam-se com facilidade. O BE é uma organização de ideologia comunista, pronto, vá lá, trotskista, (cuja única diferença em relação ao comunismo é a defesa da exportação da revolução como elemento essencial para a concretização do ideal comunista...). Contudo, o BE afastou-se da sua ideologia, e representa um partido actual, isto é, um partido que se adaptou ao presente, ao contrário do PCP. O CDS-PP também é um caso de sucesso adaptativo à mesma escala, tornou-se flexível nos seus valores, sendo estes [muitas vezes genuinamente defendidos] ultrapassados para permitir o exercício do poder, sem mais...
O PS é um partido moderado que se deslocou ao centro, sendo um partido de centro-esquerda e que defende aquilo a que se chama socialismo moderno, a social-democracia. O PSD, é também um partido moderado, mas tem vindo a derivar à direita, e está hoje muito mais radical do que é saudável e vantajoso para Portugal [permite e propicia o crescimento dos partidos radicais de esquerda] - o que é mau, deveras, pk são partidos reguladores, n são verdadeiras alternativas. É então mau, pk defendo posições moderadas neste sistema. Para o CDS-PP é bom, pk cresceria enquanto alternativa antagónica. O CDS-PP é, graças à oscilação do PSD à direita, forçado a procurar o seu espaço ainda mais à direita. Imagine-se o quanto n seria de direita a JP se as juventudes se distanciam da forma que descrevi?
Precisamente, seriam mesmo capazes de cognominar a JSD de esquerda!! É semelhante à procura de espaço por manuel alegre, que diz que ele sim é realmente de esquerda em relação ao PS, que é de direita desde k Sócrates foi eleito secretário-geral! São situações absolutamente abstrusas.
A meu ver, o ideal no espectro político português, seria que os sindicatos deixassem de poder ser politizados e que se financiassem sem prejudicar o estado, isto é, que os sindicalistas n recebam ordenados pagos pelo estado para o serem e que n deixem de trabalhar para o k são pagos. Com isto o PCP, como o conhecemos, deixaria de existir. Seria ainda excelente, em vista a minha noção de bom (sendo agora, o bom, o que mais convém à evolução) de Portugal), que o grupo da esquerda descontente do PS saísse para o bloco, ou para um novo partido... E da mesma forma que o grupo da direita, que se espelha em cavaco silva, deixasse o PSD. E tudo pk considero a moderação e o debate na presente sociedade o caminho para o incremento do bem-estar social. Sim, julgo ser o indivíduo o motivo da sociedade e do estado, e não a sociedade e o estado, as causas de devoção individuais.
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